“A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória prevenível e tratável, que se caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível. A obstrução do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo."[3]
Compreende o que antes era entendido como duas doenças diferentes: 1) bronquite crônica e 2) enfisema pulmonar. Apesar do fato de que pacientes possam pender a um quadro clínico mais exacerbado de uma ou de outra, ambas estão sempre presente e com um fator comum: a inflamação crônica do pulmão e deterioração de sua função. Na bronquite, a inflamação se dá nos brônquios e acarreta intensa produção de muco. Já no enfisema, os alvéolos (parte final do pulmão onde ocorre a troca gasosa) se inflamam, causando destruição do tecido e formação de bolhas nos pulmões. [1]
A DPOC ganhou notabilidade no meio médico na última década em vista da da conscientização acerca de sua importância quanto a morbidade e mortalidade. No Brasil, é a quarta causa de morte e 107.154 pacientes foram internados por DPOC em 2012 [2], elevando os gastos do Sistema Único de Saúde e da Previdênica Social em gastos diretos e gastos indiretos, como aposentadorias precoces, morte prematura bem como sofrimento familiar e social.
Geralmente os sintomas iniciais são tosse e expectoração crônicas, seguidos de dispneia progressiva aos esforços. 95% dos pacientes têm história de tabagismo [2].
O diagnóstico é realizado a partir do quadro clínico, dos antecedentes do paciente, da epidemiologia e através das provas de função pulmonar (espirometria). A radiografia simples do tórax é por vezes um exame inespecífico, fazendo-se mister de uma tomografia para melhor avaliação.
Os principais objetivos em relação aos cuidados com os pacientes com DPOC são: diagnóstico precoce, interrupção na evolução da doença, redução dos sintomas, melhora na qualidade de vida e rápida intervenção durante as crises.
E.M.S., sexo masculino, 57 anos de idade, ex-pedreiro, tabagista desde os 14, deu entrada na UPA Santa Rita com história de tosse e secreção purulenta crônicas, além de dispneia a médios esforços.
Foi internado por 10 dias pelo agravamento do quadro clínico no Hospital Clementino Fraga em João Pessoa, sendo prescrito antibiótico, corticoide (budesonida) e broncodilatadores (formoterol)
Ao exame físico, tórax em barril com hipercifose torácica, expansibilidade reduzida, percussão hipertimpânica e ausculta com sibilos em todo o pulmão, bilateralmente.
Exame radiográfico pobre, sem alterações esclarecedoras.
No momento da visita, paciente se preparava para deixar o hospital e continuar tratamento clinico de forma domiciliar.
Referência
2) SBPT
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