terça-feira, 27 de janeiro de 2015

[IMAGEM DA SEMANA] Bob Esponja no esôfago.

Criança de 01 ano engoliu pingente com o formato do personagem infantil Bob Esponja.
"Médicos da Arábia Saudita se surpreenderam ao examinar um raio-X de um garoto de 1 ano e 4 meses que aparentemente tinha se engasgado com um objeto. Um Bob Esponja pôde ser visto com riqueza de detalhes no esôfago do paciente. O objeto foi retirado pelos médicos sem complicações e o garoto passa bem."
 Redação do G1, São Paulo.

Via G1

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Transtorno do Estresse Pós-Traumático


Imagine-se como um soldado que retorna da Guerra do Iraque e, mesmo após anos, você continua tendo pesadelos sobre o que aconteceu, não consegue parar de pensar nas dezenas de pessoas que matou e de amigos que perdeu. Vez ou outra encontra com aquela viúva do seu melhor amigo, morto na Guerra. Qualquer barulho parece uma bomba, qualquer estalo parece um tiro. Como você se sentiria?

Essa é a história do veterano de guerra Perry Hopman, que participou daquela guerra de 2006 a 2008 como Sargento de operações aéreas. Mesmo atualmente, em 2015, ele não consegue esquecer o que passou diante de seus olhos naqueles anos. Perry Hofman é mais um de tantos soldados americanos que sobreviveram, mas que desenvolveram um transtorno chamado de Transtorno do Estresse Pós-Traumático.

O transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) é uma psicopatologia que, como o nome sugere, pode acontecer após qualquer evento - seja ele vivido ou testemunhado - considerado traumático para um indivíduo, seja um assalto, um acidente, ou uma guerra, como no caso de Hopman.

APRESENTAÇÃO
Os sintomas podem apresentar-se com flashbacks, pesadelos, ansiedade e pensamentos incontroláveis sobre o ocorrido. Algumas pessoas com TEPT tentam evitar atividades, pessoas ou voltar a lugares que possam lembrá-las dos ocorridos. Alguns têm pensamentos suicidas.
É importante, entretanto, saber diferenciar da ansiedade normal após esse tipo de fato. Eventos potencialmente traumáticos acontecem todos os dias e pessoas normais podem apresentar esses sintomas por alguns dias, mas depois conseguem controlá-los e atingir um certo grau de conforto e tranquilidade.
Todavia, se os sintomas duram por meses ou completam anos, interferindo na qualidade de vida do indivíduo, provavelmente, em um caso assim, é um caso de TEPT. Estudos apresentados pela Clínica Mayo apontam que traumas de infância e a concomitância de outros transtornos mentais potencializam seu desenvolvimento. O diagnóstico é puramente clínico.
Infelizmente, muitos pacientes passam a fazer abuso de drogas lícitas e ilícitas como forma de tentar reduzir a intensidade dos sintomas. Depressão, ansiedade e transtornos alimentares também são complicações comuns.

TRATAMENTO
A pessoa deve procurar o Psiquiatra e uma equipe de saúde mental quando a duração dos sintomas durem por meses e de forma severa, afetando sua vida. O tratamento visa justamente a volta do controle emocional e melhora da qualidade de vida.
Inicialmente, o paciente é submetido a psicoterapia, mas alguns casos precisam iniciar a terapia medicamentosa em combinação. A terapia combinada apresenta bons resultados sobre os sintomas e sobre as complicações. 
A psicoterapia envolve a terapia cognitiva, que é uma forma de tranquilização da mente, e a terapia de exposição, que ensina, de forma segura, a enfrentar o trauma. A terapia pode ser individual ou em grupo. As medicações mais utilizadas são os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (paroxetina e sertralina), que ajudam na autoestima e na remissão dos sintomas e complicações. Nos casos com insônia e pesadelos recorrentes, a prazosina também pode ser usada.

PREVENÇÃO
Máscara pintada pelo veterano de guerra sgt. Perry Hopman
É possível prevenir o TEPT, mesmo após um trauma. Medo, ansiedade, raiva, depressão e culpa são sentimentos comuns após eventos dessa magnitude. A maioria das pessoas não desenvolve TEPT. A melhor forma de preveni-lo é buscando “conforto” mental, tranquilidade mental. Alguns se tornam a sua comunidade religiosa, apoio familiar e de outras pessoas próximas. Este suporte é imprescindível para evitar o transtorno e suas complicações, como abuso de álcool e outras drogas.
Uma forma de terapia de exposição adjuvante inovadora está sendo desenvolvida pela psicóloga estadunidense Melissa Walker no National Intrepid Center of Excellence (NICoE) e conta com os veteranos de guerra como pacientes. Eles são convidados a pintar máscaras e expor, nelas, o seu medo da morte, a dor física, patriostismo e outros símbolos. A terapia é destaque da capa do mês de fevereiro da revista norte-america National Geographic.


Referências: